16 maio, 2011

Capitulo 7

7
UM FILOFOBICO SABE QUE VINGANÇA É UM PRATO QUE SE ESPERA PARA COMER FRIO.


      - Cecily Von Goguer!
      - Presente, professora.
      - Amélia Lancutt.
      - Estou aqui.
      - Marina Lively.
      - Presente.
      - Nicole Botth.
      - Nicole Botth?
      Então todos se viraram ao ouvir um estrondo da porta, era Nicole:
      - Presente professorinha, sabia que a senhora está muito bonita hoje? Espero que reavalie o fato de’u estar chegando atrasada.
Talvez a professora de artes modernas reconciliasse, mas Cecily, bem..
      - Atrasada novamente Nicole? Acho que isso é devido as suas más companhias.
      - Olha quem fala: a amiga da bota-comida-pra-fora. – Pigarreou Amélia, com ciúmes.
      Brety se virou, irritada:
- De quem você ta falando Bruno Mars versão feminina?
- JÁ CHEGA! Se ouvir mais um piu das quatro, irão todas para fora.
       Nicole fuzilou Cecily com um olhar. Se eu fosse ela, agradeceria pelo fato da Annie não ter nenhum super poder.
      - Senhorita Botth, já está atrasada. Que tal pegar seu material e prestar atenção na minha aula?
      E foi o que Nicole fez. Ela apenas ignorou. Cretina. Pensou Amélia, ainda com raiva de Cecily, por ter trocado uma noite de fofoca para dar ombro – novamente - à Brety. Brety Marchel. Conheço esse nome de algum lugar? Marchel... Marchelly.. Marc...
      - Amélia quer se concentrar?
      Professora Lúcida falou já estourando. O que interrompeu os pensamentos de Amélia.

      Ao dar o sinal, todas foram em direção a porta. Nicole estava na frente de Cecily, que acidentalmente derrubou todo seu material. Nicole parou para pega-lo, pisando-nos Oxford de Cecily:
      - Sei o que você fez ontem, Nicole! “Passei as férias com Sidy!”. Você sabe que não gosto de mentiras, fofa. Espero que se cuide.
      Porém Brety, que se livrou da muvulca, foi direto para sala de sociologia, e não sei se mais alguém reparou, mas ela não estava esperando nenhum aluno. Talvez o...
      - Miranda! Vai ter a tarde livre? Sei que sim, preciso falar com você.
      Cecily falou, contente. Com sua vingança. Com ela mesma.
      - Eu também, Cecily. Você não imagina o que eu acabei de ver.
      - Não conta, ainda. Vamos sair do campus primeiro.


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26 março, 2011

Capitulo sete.

7
UM FILOFOBICO NÃO GOSTA DE DESCOBRIR UMA MENTIRA.

Assim que Brety pegou no sono, Cecily fechou a cortina, a cobriu, e saiu do quarto, deixando a garrafa de água do lado da cama. Cecily seguiu para seu quarto, encontrando Marcela lá. Ela estava com uma cara tipo: Você me deve uma explicação. E Cecily olhou meio que: Sou Cecily Von Goguer, não devo explicação para ninguém.
- E aí. – Disse Marcela impaciente.
- O que foi? – Cecily retrucou tirando seu casaco Abercrombie, e o colocou na cadeira, sentou em frente ao seu net book, e começou a dedilhar. - Brety estava mal do porre de ontem e eu fui ajudá-la Marcela. Nada demais.
- Tanto faz. Me conte o que você viu ontem.
Foi ai que chegou um email de Ronnie para Cecily. Droga. Ela pensou. Ia ter que deixar marcela na curiosidade mais um pouquinho pelo jeito.
- Depois eu te conto, preciso ir correndo até ali.
Cecily pegou novamente seu casaco e foi até o estábulo. Quando foi se aproximando, foi escutando cada vez mais alto a voz de Sidy gritando, ela sentou atrás de uma arvore do lado de Ronnie, que estava lá faz tempo, cheirando a cigarros, ouvindo a briga.
- VOCÊ ACHA QUE A DOR QUE VOCÊ SENTE NO SEU CORAÇÃO, EU NÃO SINTO NO MEU? – Sidy gritava.
Nicole, sua namorada, estava chorando, muito. Ela passou as mãos pelos seus cabelos e se virou para ir embora, Sidy a segurou pelo braço com força, a puxando novamente para perto, ele começou a beijá-la.
- Sidy, me solta, eu não quero... Para... Sidy! – Nicole mordeu a língua de Sidy, e ele não a soltou, os dois entraram no estábulo, Sidy pressionou Nicole com força na parede, a tirando do chão, e começou a sussurrar:
- Me desculpa, está bem? Eu já te expliquei que estava com meus pais, o celular não pegava lá e não tinha internet, foi só isso. Eu senti suas faltas nas férias também.
Nicole agora fazia carinho em seus cabelos, falando mais calma:
- Você podia ter dado um jeito de falar comigo. Foi o pior mês da minha vida.
- O que? Que vadia. – Cecily sussurrou para si mesma de trás da arvore, ouvindo os sussurros dos dois.
- Ih, tem alguém com ciúmes aqui. – Ronnie falou brincalhão, querendo prestar atenção na conversa. Cecily revirou os olhos e terminou de falar consigo mesma por pensamentos. Eu sabia que ela estava mentindo. Até parece. “uma típica férias de Botth, sabe como é.”, nem ver o namorado viu, será que ela chegou a ver o pai?
Os pensamentos de Cecily foram interrompidos quando ouviu alguns gemidos saindo do celeiro.
- Vem, vamos sair daqui. – Ronnie disse com uma expressão maliciosa, os dois se levantaram, e voltaram para o campus.
Mas... Todos sabiam que as coisas não ficariam daquele jeito.

24 março, 2011

Capitulo 6.

6
UM FILOFOBICO SABE SER O OMBRO AMIGO.

Não, você não sabe. Eu vi a... Perai Marcela, depois eu te ligo.
Cecily desligou o telefone com pressa, ao entrar no quarto e ver Brety no banheiro vomitando. Cecily correu até ela, segurou seus cabelos. É, talvez ela não fosse tão puta afinal. Pensou Brety.
- O que aconteceu Bre?
- É do porre de ontem.
- Mentira! Eu tava de olho em ti. Você não bebeu ontem.
Cecily a tirou da privada, e fez Brety lavar a boca, pegou uma garrafa de água do frigobar que tinha no quarto e deu para Brety:
- Tome, beba isso.
Cecily sentou na frente de Brety. Ela queria uma explicação, mas no fundo de tudo, as duas sabiam o que estava acontecendo. Cecily pegou uma revista de moda na cômoda, e abriu na pagina em que tinha uma foto de Brety e Nicole, pelas roupas, logo deduziu Cecily que elas estavam na festa de primavera.
- Mais uma vez, a belíssima socielight Nicole Annie Botth foi vista nos holofordes. Em companhia de Brety Marchel, ex modelo da Victoria Secret.
Cecily leu com um tom de ironia, e jogou a revista no chão.
- É por causa disso? Porque uma revista idiota de fofocas te chamou de “ex” modelo?
Brety ficou quieta, mas sim, era por isso.
- Para, você não está gorda Bre.
- Não estou? Então porque a VS disse que precisava de novos rostos, e me chamaria depois? Eles vendem lingerie, não maquiagem. O rosto não importa.
Bem, no fundo, era verdade.
- Bre, eles falaram que iam te ligar, não falaram?
- Faz um mês, Ceci. Eles não vão ligar!
- Então você não precisa disso.
- Preciso. Preciso sim. Você mais do que ninguém sabe que eu preciso.
Brety começou a chorar. Cecily a puxou para um abraço. Precisa parar de ligar para coisas fúteis, isso sim.
- Calma, vai ficar tudo bem.
Ela, Cecily, sabia como era ruim não ter um ombro amigo nessas horas. Muitas vezes ela chorou, olhou em volta e não tinha ninguém. Então ela deixou de lado todos seus problemas e tudo que ela tinha para resolver naquele dia, e foi ajudar sua amiga.

29 janeiro, 2011

Capitulo cinco.

5
UMA FILOFOBICA SABE QUE DEPOIS DE UMA NOITE DE PORRE, TEM QUE SE HIDRATAR.


Cecily acordou perturbada. Não de porre. Mas irritada. Amélia e Marcela ainda dormiam, ela se levantou e olhou em volta do quarto: só dois dos três vestidos que usará ontem na festa estavam lá. Pegou seu casaco Abercobie azul, e colocou um tênis, prendendo os longos fios de cabelos louros num rabo de cavalo. Cecily encontrou Ronnie, sentado num degrau na frente da capela, conversando com a garota nova, que diziam chamar Isobel. Ela parou, e ficou olhando para lá, por um instante, até chegar e estragar com a graça da fofa.
            - Não sei Ronnie, não acho que seja uma boa idéia.
            - Porque? Só estou dizendo para se acalmar que eu acho o casaco de Brety e levo a ela pessoalmente.
            Ronnie colocou a mão na cintura de Isobel a puxando para mais perto, tentando fazê-la se acalmar. Isobel não era uma santa, muito pelo contrario. Mas essa era a impressão que ela queria passar. Se a virem como santa, ela ficará como santa até o final do ano, pelo menos.
            Cecily odiava ver uma caloura – ou qualquer outra garota – recebendo mais atenção que ela. Ela andou em direção de Ronnie, interrompendo a conversa dos dois e o fazendo soltar Isobel na hora.
            - Ainda não te perdoei por não me enviar o e-mail convidativo Ronnie. Mas vou acreditar que foi porque eu ainda não estava no campus, e vou apagar a figura do seu rosto surpreso ao me ver entrando no salão de preto.
             Ronnie sorriu maliciosamente, e ignorou Isobel, que continuou parada ali.
            - Ah, minha princesa, minha Cecily... – Ronnie colocava as mãos agora na cintura de Cecily, e Isobel sentiu uma pontada de inveja.
            - Tira suas mãos de mim, seu pervertido.
            Como ela consegue esnobar um cara desses? Cecily pode até ser a garota mais irresistível do campus, mas quando me falavam que ela “sabia deixar sua platéia querendo mais” não sabia que isso incluía esnobar Ronnie Stalder.
Ronnie a soltou rapidamente, e continuou falando:       
            - Eu não te mandei porque você sabe de tudo naturalmente, e sabe que é uma convidada de honra. Viu as fotos no e-mail? Você está em todas elas praticamente. Você e Marcela, as que mais chamaram atenção. Também não é pra menos, com esses corpinhos lindos, e o strip que fizeram no final...
            Cecily se lembrava do strip. Mas saindo da boca de Ronnie saia como se elas tivessem ficado nuas, sendo que Cecily tirou só a blusa.
Ronnie começou a deslizar a mão pelo corpo de Cecily, e ela o empurrou, rindo. Isobel nessa altura se sentou no lugar de Ronnie, decidida a não sair de lá até conseguir de volta o bolero J.Crew de Brety, que prometeu a colega de quarto que iria buscar, já que a própria Brety estava trancada no banheiro desde seis da manhã, se arrependendo na beira da privada pelo porre que tomou na noite anterior.
            - A questão é a seguinte Ronnie, faça as contas nos dedos: Ontem eu cheguei à festa com um vestido, subi até o andar de cima, e me troquei, colocando o vestido que eu passei a maior parte na festa. Só que no final, quando estávamos apenas nós nove lá, eu troquei de vestido com a Marcela, e fiquei com a roupa que ela estava usando. Hoje acordei e não achei meu segundo vestido, nem o chapéu da Marcela.
            - Então nós vamos agora ao Ritolou’s e o acharemos princesa. Junto podemos aproveitar e trazer o bolero de Brety para Isobel.
            Ronnie deu espaço mostrando Isobel sentada. Cecily era superior demais para admitir que já ouvira falar muito da garota alta, loura, de cabelos curtos e olhos claros.
            - Iso quem?
            Isobel nesse momento estava estourando por dentro, e sorriu por fora, estendeu a mão para Cecily comprimentando-a:
            - Sou Isobel, e você Cecily. Amei seus vestidos de ontem.
            Cecily revirou os olhos, não se importou em cumprimentá-la. Apesar de ser mais chegada a Marcela e Amélia, ainda era amiga de Nicole, e viu o jeito que Isobel olhava para Sidy na noite anterior, e não se importou em segui-los quando sumiram, hora antes da festa acabar para calouros e nem-tão-populares, quadro que Isobel se encaixava.
            - Seu porco, nojento. Meu vestido não está aqui e você sabe que não.
            Cecily olhou irritada para a cara de Ronnie, que estava rindo enquanto tomava mais um gole do seu Martini de maça. Ela se obrigou a dar um gole no seu também, e soltou uma leve risada. Os dois tinham a mesma mente cretina, e ambição pelas mesmas coisas, só parecia que não se davam bem, mas o garoto e a garota mais popular do colégio tinham que se suportar.
            - Não, eu te trouxe até aqui para tomar um drink e conversarmos. O bolero de Brety, o seu vestido e o chapéu de Marcela estão no meu quarto. Foram as únicas coisas importantes que eu avistei.
            Ronnie piscou, tomando outro gole.
            - Eu adoraria conversar, preciso que me mostre às fotos que conseguiu achar das férias de todos. Principalmente da nossa roda. Sabe como adoro saber mais do que os outros pensam que eu sei.
            - É da natureza humana ser curiosa.
            - É, mas tenho aula de literatura agora. E você de artes avançadas... Ou vai matar para fumar um baseado?
            Ronnie soltou uma risada e Cecily já sabia a resposta, ela riu e saiu, chamando o primeiro taxi para voltar para Vintage Browl.
            - Cecily, que saudades!
             A voz suava de Nicole veio de trás de Cecily, ela não conseguirá conversar com Nicole nem mesmo quando todos os calouros ou nem-tão-populares já tinham ido embora, ela estava ocupada demais num canto, beijando Sidy.
            - Annie, quanto tempo. Como passou as férias?
            Nicole se aproximou, alongando os braços em vez de dar um abraço apertado em Cecily, ela demorou um pouco para responder, o que fez Cecily perceber que ela iria mentir.
            - Ah, sabe como é... Passei na casa de praia em Blumenau da minha mãe, teve um domingo que minha avó foi nos visitar, eu até cozinhei! Encontrei com Sidy também. Eu, ele e meu pai fomos tomar um sorvete, andamos um pouco, sabe, férias de uma Botth típica.
            Nicole riu. O que Nicole disse foi tão convincente, que até ela mesmo acreditou por um segundo. Cecily ergueu uma sobrancelha, realmente parecia verdade. Ela sorriu e olhou para Nicole se alongando:
            - Hmm... Então depois você me conta mais desse encontro com Sidy na praia, preciso correr! Agente se vê no quinto tempo.
            Assim que Nicole estava longe o bastante, Cecily esbarrou em Sidy que estava indo para sua aula de artes, ao contrário de Ronnie.
            - Hey, Sidy, onde passou as férias?
            Sidy olhou confuso, mas mesmo assim respondeu:
            - Em londrina, o mês inteiro, porque?  
            Porque a Nicole acaba de mentir para a pessoa errada.
            - Por nada, achei que tinha te visto nas ruas de Paris.
            - Sidy?
            Cecily gritou quando Sidy já havia corrido para longe. Ele virou e olhou para ela. Se tinha uma garota que Sidy não suportava era Cecily, ela tinha tudo de perfeito e egocêntrico junto.
            - Sim? 
            - Eu te vi ontem com a Isobel, e eu que achei que Nicole era a única infiel.
            Ele se virou queimando de raiva. Como assim “Achei que Nicole era a única infiel?” Será que Cecily sabia de algo que Sidy não sabia? E o que será que ela pretendia fazer com as memórias que ela tinha, dele com Isobel? Contar para Nicole? Não, elas não eram tão próximas assim. Certo?
            Cecily saiu andando, já havia perdido o horário da aula de literatura então usaria o tempo para outras coisas, como por exemplo achar Miranda, a irmã mais nova de Nicole, - E também na cabeça de Cecily, a única entre as irmãs que parecia que podia prestar para algo um dia – e perder tempo conversando com ela, ensinando como ser uma Vintage Browl – ou melhor, ensinar a ser algo que agrade Cecily - , assim talvez, Cecily tivesse alguém em que confiar além de Marcela e Amélia. Alguém realmente parecida com ela além de Marcela, que era uma cachorra. Cecily começou a pensar e percebeu que nem Marcela é tão confiável assim.
            Mas perai, o que Miranda-que-futuramente-seria-uma-Cecily Von Goguer-se-dependesse-dela estava fazendo com um cara do terceiro colegial enfiando a língua na garganta dela, com apenas 15 anos?

28 janeiro, 2011

Capitulo quatro.

4
UMA FILOFOBICA SABE QUANDO SE FAZER DE INGENUA, E QUANDO DAR MOLE PRO NAMORADO DA GAROTA PERFEITA.


De: ronniestalder@vintagebrowl.int
Para: Privilegiados Para Primeira Festa Do Ano.         

       É com muito entusiasmo que convoco vocês, - uma das seleções de convidados mais difíceis que já passei, tenho que confessar – para a primeira e grande festa – de muitas – desse ano!  
      O local todos já sabem, alunos novos, segue um anexo separado com o endereço, claro que são poucos, apenas os rostinhos bonitos.
      O horário, o de sempre: após o toque de recolher.
      E o tema dessa vez é: Preto e Branco.
      Não acham criativo? Vão mudar de idéia ao se prepararem.
      Não se atrasem.

      Até mais tarde.
      RS.

      p.s: Nicole, todos viram sua cara no jantar, espero que esteja diferente na festa.
     p.p.s: Estou vendo você roer as unhas Amélia.


- Canalha, idiota. É típico dele! Sempre escreve um p.s pra mim. Bom, ou mal. Só para provocar o Sidy. Fedelho, infantil...
Nicole estava xingando o Ronnie em voz alta. Obvio que assim que ela soube o tema, já estava com a maquiagem feita, cabelo pronto, só faltava de uma roupa. Pegou seu Colcci preto mais bonito e elegante do armário, tomara que caia, com apenas uma manga subindo pelo ombro direito, em um tecido diferente, transparente. Seus sapatos salto-alto 10 centímetros – facilmente invejáveis - eram carmim pretos, com a sola branca. Ela estava no quarto de Brety, Celli, e sua irmã Miranda.
Miranda ainda estava feliz por ter recebido o e-mail, ainda mais feliz pelo fato de ter chego nela como “Miranda Botth” e não “irmã-mais-nova-da-Nicole”
- Essa roupa está boa?
Brety apareceu na porta com um vestido branco rodado tomara que caia, e um bolero preto, que por ter visto na vitrine, deduziu ser um J.Crew.
- Sim, está ótima.
Mas a voz que respondeu não era de Nicole, nem de Celli. Era de Isobel, que estava parada na porta, mas bonita que Nicole. Algo difícil de admitir.
Nicole se colocou de pé, e ao ver a caloura pronta para a festa, deu uma risada sínica.
- Quer dizer que a caloura aqui vai para a festa, uau.
- Er... Acho que você está se refirindo a mim.
- Estou. Diferente de Brety, que perguntou para mim sobre a roupa dela.
Isobel agora estava corando.
- Achei que era para mim que ela perguntava. Desculpe.
Ela olhou para Brety, e Brety ficou calada. Era para Isobel a pergunta. Mas contradizer a Nicole? Sem chances.
Nicole bufou e saiu do quarto, mas antes, parou na porta, e se virou para as garotas.
- Bem, eu vejo vocês lá, vou procurar Sidy.

Capitulo três.

3
UM FILOFOBICO SABE DISFARÇAR AO SER FALSO.

Brety estava deitada, perto da parede, na cama da direita, sua cama. Piranhas atiradas, elas não podem falar assim dele.
- O que foi Brety? Você está bem?
A voz de Miranda interrompeu a voz de Amélia e Marcela, que chegavam em múrmuros no ouvido de Brety, enquanto falavam do cara que Brety havia passado a noite anterior. Se elas soubessem que Brety era a que dormia atualmente com ele, controlariam a lingüinha.
- Não Miranda, está tudo bem.
Quando fui até ele, senti o cheiro fresco de loção para cabelos, e me distrai tanto, que quando ele perguntou o que eu queria, tive que fingir que Monga estava passando mal, e recebi um chamado para ir até o estábulo. Mas meu Deus, que garanhão ele é!
Brety não suportava mais ouvir elas falarem, não queria sair do quarto e esbarrar com Nicole, estava evitando as salas de aula pelo mesmo “garanhão” que era citado na conversa do quarto ao lado, e estava calor demais para sentar no Campus e ler. Assim que Miranda se virou, ela tirou o casaco, e pegou a munhequeira que sua mãe havia lhe dado a três anos atrás, quando seu pulso torceu e colocou, não que seu pulso estivesse torcido, mas tinha coisas que as pessoas não precisavam ver lá.
- Se machucou de novo Brety?
Celli parou do lado dela, olhando preocupada para o pulso de Brety na hora do jantar.
- É... Eu... Eu estava andando a cavalo no Sitio do meu pai e cai, foi horrível. A sorte que só meu pulso torceu.
- Você não tinha me contado que seu pai tinha um Sitio! Ele não é da cidade?
- Claro que é! Mas ele tem um sitio aqui no Interior. Claro que contei Cel, você que não deve se lembrar.
Não, Brety não tinha contado. O pai dela não tinha um sitio, ele morava num Vinhedo a alguns quilômetros do internato. Seu ex-namorado, Marcelo, sempre que ia para lá, visitava os Vinhedos próximos, e em vez de cuspir o vinho no final da prova, preferia engolir, e chegar de porre. Algo que Brety achava um charme. Brety suspirou sentindo falta de quando eles saiam com os amigos todos juntos, e percebeu que nunca faria isso com seu atual.
            - Você viu quem está no nosso quarto?
Celli falou tentando mudar de assunto.
- Miranda? Sim, que peste. Não acredito que a colocaram em vez de Nicole.
- Miranda está no nosso quarto? Nossa, eu nem sabia... Estava falando da garota nova, a que todos estão comentando.
Se todos estão comentando, porque eu não sei? Ah claro, eu sou só uma gorda, com um cabelo comum e sem nenhum brilho, porque alguém se lembraria de contar para mim.
- Que garota nova? Eu não estava sabendo que colocavam calouros junto com veteranos nos alojamentos.
- Parece que o nome dela é Isobel, ela veio do Upper East Side, Ronnie disse que ela é pior que Cecily, e olha que ele só trocou cinco minutos de conversa com ela.
Cecily era a garota mais encantadora do internato. Ela tinha cabelos louros compridos, olhos mais azuis do que os do próprio Ronnie, e sempre sabia como deixar sua platéia querendo mais. Ela era do tipo de garota que não esperava as coisas boas acontecer, ela saia e fazia acontecer.
- Pior? Ih, vindo de Ronnie, não pode ser mentira.
- Claro que não, Ronnie já deve até ter trasado ela. Ela é maravilhosa.
Ótimo, mais uma. Celli repuxou um sorriso e deu um beijo na bochecha de Brety se levantando da mesa.
- Bem, vou ir pra minha mesa. De noite agente se encontra para nos arrumarmos para a festa no Ritylou’s, Ronnie já te mandou o tema?
Celli estava empolgada, mas Brety não. Ao seu lado, uma camada de cabelos claros apareceu.
- É Brety, o Ronnie já te mandou o tema?
Celli fez uma careta, e se retirou sem dizer mais nada, Brety se virou com um enorme sorriso no rosto e abraçou Nicole com falsidade.
- Senti tanto sua falta! Não acredito que sua irmã caiu no meu quarto, e não você. O que aconteceu? E Sidy? Como ele está? Ainda não o vi.
Nicole percebera falsidade na voz de Brety, mas não ia criar polemica horas antes da primeira festa do ano. Claro, isso que importava para Nicole. A festa. Não o fato de ter chego ao seu ouvido que viram Sidy trocando mensagem com a garota nova, Isobel.

27 janeiro, 2011

Capitulo dois.

2
UMA FILOFOBICA TEM DE SABER
GUARDAR SEUS PENSAMENTOS PARA SI PRÓPRIA.
                                            
Brety sentia seu corpo tocar no dele, sua respiração cada vez mais lenta, para ele não sentir. Ela queria sair de lá, precisava ir no banheiro. Mal sabia ela que ele estava acordado desde que o sol saiu.
- Você tem que voltar pra Vintage Browl que horas?
- Minha primeira aula é as oito, mas a primeira importante é apenas as onze.
Era mentira. Todas as aulas de Brety eram importantes. Ela nunca perderá uma aula desde que chegará no internato, mas ela podia começar a errar agora.
- Então você voltara as oito, não quero que perca aula por minha causa.
Brety se sentiu aliviada, ela realmente não queria perder aulas. Mas ele queria que ela perdesse. Queria que ela ficasse mais tempo com ele. Ele começou a acariciar seu cabelo na parte lisa, fazendo o melhor cafuné já sentido por Brety. Por um momento, Brety se sentiu a garota de 17 anos mais sortuda de Nova Iorque.
            - SAI MÃE, PORQUE VOCÊ NÃO ABRAÇA A NICOLE ENQUANTO OS GAROTOS LINDOS ESTÃO PASSANDO?
Era o primeiro dia de Miranda como uma Vintage Browl, e ela não suportava a idéia de sua irmã mais velha, Nicole, estar com sapatos mais bonitos do que os dela.
            - Porque eu sou veterana Miranda, e eu tenho meu namorado para me abraçar em quanto os garotos lindos estão passando.
Era mentira. Nicole e Sidy não se falaram as férias inteiras. Nicole tinha passado todo seu tempo com... Bem, isso não é relevante. Mas e dai? O que aconteceu ou não no relacionamento dela, era conta dela, apenas dela. Ninguém precisava saber.
            Brety ao ver Nicole chegando, ficou imobilizada. Como ela consegue ser tão linda? E parece que está mais magra. Quando eu ficar perto dela, vou ser humilhada.
- Anniiiiiiiiiiiiiiiiiie, que saudades sua linda!
É, ela podia ter dito isso, mas Brety não era do tipo que pensava algo e fazia diferente. Ela saiu correndo, e passou pelo banco em que Ronnie Stalder estava deitado.
- Para onde está correndo gatinha? Porque não fica aqui, sente-se comigo.
Ronnie deu um leve tapa no seu colo.
- Estou correndo para longe de você.
Brety gritou de volta brincando, sem conseguir segurar a risada. Era obvio que todas já sabiam que Ronnie era o garoto mais galinha do colégio. Ano passado, ele havia até levado uma suspensão de isolamento, só para parar de tarar as menininhas.
            Brety chegou ao seu quarto, e suspirou ao abrir a porta e ver que as malas de Celli eram as únicas lá. Celli era a companheira de quarto de Brety há anos. Junto com ela, bom, Nicole Annie Botth. Bretty estava evitando Nicole tem um tempo. E não só pelo fato de achar que Nicole – E todas as outras garotas do internato – eram mais atraentes que ela. Ela estava evitando-a porque um dia, Nicole chegou mais tarde do que o normal no quarto e viu Brety no banheiro... Bem, isso não é relevante.
- Sra. Brety Marchel?
Brety ouvirá a voz rouca da monitora de alojamento, Dona Princhel. Virou-se rapidamente, segurando as mangas do casaco.
- Sim, estou aqui.
- Essa é sua nova colega de quarto, ficará esse ano com você e com Celli. Espero que não tenha problema e nenhuma brincadeirinha por ela ser mais nova.
A garota alta, com seios grandes, cabelo escuro até a orelha e o resto loiro se aproximou da porta. Merda. Foi tudo que Brety conseguiu pensar.